quinta-feira, 15 de abril de 2010

Vila Alva - a aldeia branca


Vou-lhe falar um pouco sobre a minha aldeia, digo pouco porque hoje não vou desvendar tudo. Irei dando a conhecê-la, devagar para que vos deixar mais curiosos e com vontade de a vistar.
Esta aldeia portuguesa, situada no coração do Alentejo, fica a 11 Km de Vidigueira, Alvito e Cuba que é a sua sede de concelho.Nela podemos encontrar o típico casario alentejano, caracterizado por casas feitas de taipa, caiadas a cal, a grande maioria de piso térreo com poucas aberturas.

O seu património é constituido por:

•Capela do Senhor dos Passos ou Museu de Arte Sacra e Arqueologia de Vila Alva
•Igreja de Nossa Senhora da Visitação ou Igreja Matriz de Vila Alva
•Igreja da Misericórdia
•Ermida de Santo António
•Ermida de São João
•Ermida de São Bartolomeu
•Anta de Cima
•Anta da Fareloa
•Alminhas
•Casario Típico (que já vos falei atrás)

A sua história remonta aos tempos pré-históricos, são testemunhas disso as Antas que se encontram próximas da aldeia e que se situam nas herdades da Fareloa e Antas de Cima.
Pensa-se que Vila Alva tenha tido outra localização, e seja proveniente de alguma villa rustica romana pois foram descobertas moedas na zona de Malcabrão e alguns documentos medievais parecem assim designar.
Foi tomada pelos Mouros, no ano 983, sendo mais tarde reconquistada por D.Sancho II.
As terras do termo de Vila Alva, foram doadas aos nobres, ordens militares e religiosas, depois da conquista cristã para repovoar as zonas devastadas do Além-tejo.
Estas terras pertenceram à Ordem do Hospital e ao Convento de Refoio de Bastos, entre outros.
A viúva D.Estefânia Alvarenga e seu filho Martinho Mendes, trocam Malcabrão (Vila Alva) e o padroado da Igreja com o el-rei D.Dinis, em troca recebem o padroado de S.Miguel Lazarim e seiscentas libras em dinheiro, decorria o ano 1305.
D.Dinis em 1315, doa a sua sobrinha D.Isabel, filha de seu irmão D.Afonso, as vilas de Vila Alva e Vila Ruiva, que após a sua morte passam para sua filha, D Maria de Portugal e Haro. Com a morte desta passam para a sua filha D. Joana Nunes de Lara.
Em 1367, com a morte de D.Joana, D Fernando doa Vila Alva, a préstimo, ao seu guarda-mor, Vasco Martins de Melo. Um ano depois D.Fernando doa Vila Alva à sua filha bastarda D.Isabel e a D.João, que por vontade de seu pai,casaria com D.Isabel, quando esta tinha 4 anos. No entanto o casamento não se realizou, já que a Infanta casou com o Conde D.Afonso, filho ilegítimo de Rei D.Heurique II, de Castela.
Vila Alva foi concelho, teve ouvidor, juízes ordinários, três vereadores, procurador de concelho. escrivão da Câmara e alcaide.
No ano de 1836, o concelho de Vila Alva foi extinto, sendo incorporado no de Vila de Frades, também extinto.
Pertence desde 1854 ao concelho da Cuba, sendo Vila Alva a sua aldeia nmais típica.

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